FOI QUASE UM SUSSURRO: MEMÓRIAS EM IMAGENS, FIOS E ARGILA
Em um mundo repleto de imagens fugazes e informações efêmeras, a exposição "Foi Quase um Sussurro: Memórias em Imagens, Fios e Argila" chega como um sopro de lembranças e emoções congeladas no tempo.
Sob o olhar sensível e talentoso das artistas Malu Machado, Gabriela Machado e Adriana Lopes, essa exposição é uma jornada emocional que nos convida a explorar a sinestesia única entre a fotografia, o bordado e a cerâmica.
A exposição, "Foi Quase um Sussurro", evoca a delicadeza da memória, muitas vezes frágil como um sussurro que se desvanece no ar, mas que, através do trabalho meticuloso das artistas, encontra uma forma tangível de perdurar. Nossos sentimentos estão arquivados na nossa memória. As obras apresentadas nesta exposição mergulham fundo na interseção entre a memória e a imagem. Como Boris Kossoy afirmou, "A realidade está nas imagens, não no mundo concreto, pois este é efêmero e aquele perpetua." É nesse espaço entre a efemeridade do mundo e a eternidade das imagens que os visitantes desta exposição são convidados a explorar suas próprias memórias e sentimentos. As fotografias de Malu Machado são o ponto de partida. Elas capturam cenas cotidianas e paisagens urbanas das cidades mineiras que tanto significado têm para as autoras. As imagens, no entanto, não são o fim, mas sim o início de uma jornada que continua com o trabalho de Gabriela Machado com a intervenção em bordado e Adriana Lopes na cerâmica. A Memória Fotográfica é um Recorte no Tempo e no Espaço: As imagens capturadas por Malu Machado são reinterpretadas por Gabriela Machado por meio de seu bordado meticuloso. Os fios e as agulhas são as ferramentas que transformam as fotos em algo novo, adicionando camadas de textura e significado. Os bordados não apenas decoram as imagens, mas também as transformam em um terreno fértil para a imaginação e a reflexão. A exposição desafia o espectador a explorar as emoções evocadas pelas imagens e pelas intervenções de bordados. Cada ponto, cada linha, e cada cor nos bordados de Gabriela carregam consigo uma narrativa única, uma história pessoal que se entrelaça com a da fotografia original. Adriana Lopes, com sua cerâmica habilmente moldada, completa o ciclo de transformação das memórias. Suas peças cerâmicas adicionam uma dimensão tridimensional às imagens, convidando o público a explorar as obras de novas perspectivas. A argila, com sua solidez e fluidez, representa a resistência da memória em face do tempo. A sinestesia entre o bordado e a argila é uma das características mais marcantes desta exposição. O tato e a visão se fundem em uma experiência única, onde a imagem fotográfica é reinterpretada e recontextualizada repetidamente, dando origem a múltiplas camadas de significado e emoção. "Foi Quase um Sussurro: Memórias em Imagens, Fios e Argila" é uma celebração das lembranças, uma homenagem às cidades mineiras e um convite para que o público explore as profundezas de suas próprias memórias.
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